Terror Fest- 7 anos de Terror Revolucionário

Festa tosca, amigos feios e tortos, rock pesado e sujo, no galpãozinho do gama. Quer coisa com mais cara de Terror Revolucionário? Assim foi a comemoração de 7 anos da TR (e centésimo show também) e o lançamento do já resenhado vídeo Convocação Terrorista. Para completar a festa, chamaram 8 bandas de amigxs (o que foi difícil elencar entre xs milhares de amigxs que esse povo tem) pra tocar o terror (hã, hã, sacaram?). Um outro detalhe legal foram filmagens antigas do Terror que ficaram passando numa Tv perto das banquinhas, como shows em Goiânia, no Riacho Fundo e no SESC Garagem onde abriram pro Olho Seco. Vamos conferir como foram as apresentações nesse dia pra lá de festivo:

Utgard Trolls
Uma banda que vem chamando a atenção desde seu primeiro show, com um d-beat metalizado e um vocal feminino gritado/rasgado, vem alcançando bons frutos com seu Cd Ep “Nuclear Grave”. Fizeram um show baseado nesse lançamento, destaques, para os sons Sob o Signo da morte (com um ótimo backing vocal de Moaaa). E ao cover do Asta Kask. Entre os músicos, destacaria a performance do batera que está tocando muito mais rápido que na gravação, que deu mais um gás ao som da banda. Um dos melhores shows da noite junto com as estrelas do Terror hehehe e com o Silente.
ouça o som delxs em: http://www.myspace.com/utgardtrolls

Murro no Olho
O MnO, está de nova formação, o vocalista Sandro deixou a banda por divergências com alguns integrantes e Fofão (ex-baterista) deixou por problema na agenda se é que podemos definir assim, a sua preguiça e desânimo de tocar ao vivo. No lugar do Fofão já estava anunciado que entraria Juliano (ARD), a dúvida na verdade era quem seria o novo vocalista. Eles chegaram a fazer um show sem ninguém no vocal, mas no show em questão, Regis e Pé de pano, os dois guitarristas se revezaram no vocal. O show foi muito bom, animado, com Regis inspirado(?) em piadas sem noção; o vocal dele é bem legal, bem rasgado, lembrando aquela linha escandinava que os cara tanto apreciam. Já Pé de Pano ainda precisa treinar tocar/cantar, pois ainda sente certa dificuldade em desempenhar as duas funções, seu vocal gritado, mas não rasgado, lembra muito o que o Frango faz no Galinha Preta, parecendo um moleque doido, pedindo “sonho de valsa” na Lobras pra mãe. Destaque desse show realmente foi a mudança na formação, uma vez que eu estava acostumado com a presença de cachorro doido do Sandro a frente da banda, com seus discursos inflamados, e fazendo caras e bocas horripilantes... agora apesar de ainda manter o som um d-beat, meio sombrio, a banda está mais descontraída no palco. Quanto a entrada de Juliano, aconteceu o esperado, senhor filho do Julião veio o com uma maior velocidade na bateria, o que deixou o show mais animado.

Silente
Depois de algum tempo sem se apresentar, eis que o silente fez não só um dos melhores shows do dia , como um dos melhores da própria banda, prepararam uma mega apresentação ehehehe com direito a show pirotécnico comandado por alex no bombrilzão, como todo mundo fazia quando era muleque, muita falta de noção, eu sei, ainda mais num local pequeno e fechado. Mas, e daí? Foi foda!!!!! Ainda rolou um parabéns pro Terror, Alex cantou praticamente o tempo todo no chão, fora do palco, (“into de pit”) sempre pogando, às vezes entrando errado. às vezes esquecendo de cantar e deixando o grande Edmilton doido, pois o som do dia era dele, e o alex quase destruiu o mic na roda. Mesclando músicas novas com algumas do split com brutus, o silente se mostrou muito bem ensaiado, menos o Alex, mas esse é sempre um show a parte... faz o show sempre do jeito que lhe dá na telha, o que dá ao silente uma cara nova a cada show, e nesse dia ele estava inspirado hehehe.
ouça o som delxs em: http://www.myspace.com/nohaybanda

Phrenesy
Tocando um Thrash bem 90 (entenda aqui Pantera, e Sepultura Chaos AD) o Phrenesy vem conquistando cada vez mais público aqui no DF, muitas pessoas já conhecem as músicas, apesar da falta de um lançamento, pois os caras só lançaram uma demo “Do you like Mocotó?” Mas pelo que parece desistiram de divulgá-la, e distribuíram apenas algumas cópias (Josepheio cadê a minha porra??). Isso parecia que seria sanado com a participação deles na Fast food Thrash Metal da Independência Records do CDC, mas parece que por falta de verba já não mais participarão, uma pena. Como disse anterior mente as bandas tinham apenas vinte minutos o que para uma banda como Phrenesy significa apenas umas quatro músicas, e foi tipo o clássico cinematográfico Emanuelle quando começou a animar acabou.

Terror Revolucionário parte 1
No meio do show o Terror fez seu primeiro bloco tocando só os covers que levaram em seus sete anos de banda, e posso dizer que foi o ponto alto do show, infelizmente covers ainda conquistam mais que músicas próprias das bandas. Levaram, Discharge (Nightmare Continues) essa com participação de Pedro Poney Ret ( Violator e Possuído pelo Cão), Terceira Guerra do Psikose que levou a uma invasão no palco, Karne Krua Não a Guerra, e mais Besthoven, ARD, Rot, Death Slam e mais algumas com as quais o Terror fez ou fará parte de tributos.

Seconds of Noise
O Seconds deixou um pouco o crossover de lado e está entrando numa praia mais Death Metal brasileiro final 80 início 90 (Sextrash, Expulser, PUS etc). Frajola, está fazendo um vocal mais gutural (que lembra o do Podrão do BSBH), o que fez com que algumas pessoas que não os (ou)viam a muito tempo estranhassem essa nova cara. O show dos caras foi meio prejudicado, por conta do cansaço do publico, pois fizeram seu show na seqüência do primeiro bloco do Terror. E isso fez com que na hora em que o SON tocou, o local estivesse praticamente vazio, com a maioria do publico estando do lado de fora, tomando uma breja. Isso os deixou visivelmente desanimados o que refletiu no show.

Ímpeto
Os representantes Goianos na festa, mais uma vez apresentaram uma nova formação, agora quem se junta ao time são Júlio (bateria) e Charlotte (Baixo) meninos punheteros da fudida WC Masculino. Fizeram um show com músicas bem antigas em seu set como “mataram João ninguém”, “dizem, da época da demo, o som também continua o mesmo, um hc old school fast, só que mais rápido devido a bateria insana do Júlio. Agora, novamente só com Bacural tocando, levaram também um cover do HC 137 “matança de animais”. Segundo a Alice é a melhor formação do Ímpeto que ela já viu...


Podrera
Acho que já disse isto em alguma resenha anterior, mas se não, fica registrado agora, essa é a melhor formação que o Podrera já teve. Infelizmente nesse show eles tocaram desfalcados do Guitarrista Gregory (tbm guitarra do Temenon), o que prejudicou um pouco a apresentação dos caras. Mas levaram tudo na moral, e o carisma do vocalista André, e do motoboycomedianteartistapromoter e nas horas vagas Marcelo, velho esses caras são dos mais engraçados que já em cima de um palco. Tocando um Hardcore na linha do RDP crucificados, ard (na época S.. von N), com pitadas meio grinders. 9ou seja, tosco e pião, como deve ser), animou uma boa parte do público que já aparentava um certo cansaço.

Besthoven
Essa série de shows do Besthoven não era esperada, mas acabaram naturalmente acontecendo, e como me foi dito pelo próprio Fofão (dono da banda) deixará de acontecer da mesma forma. Pra quem não conhece, o Besthoven é uma das bandas punk nacional mais cults, com vários lança,mentos no exterior, entre LPs, coletâneas e splits Ep, K7 ( posso citar agora de cabeça com Disclose, Força Macabra).
O Besthoven já passou por várias formações desde sua criação no início dos anso 90, E já algum tempo se tornou uma one man band do já citado Fofão. Isso deu uma agilidade em termos de lançamento, pois tudo dependeria apenas de uma pessoa, mas impossibilitou a banda de se apresentar ao vivo, o que de acordo com Fofão não foi nenhum problema, já que o mesmo já me confidenciou sua aversão por tocar ao vivo.
Quando acertei de fazer o Força Macabra da Finlândia aqui no Df, a primeira banda que eu imaginei pra esse show foi o Besthoven que já teve um split K7 com a banda e também já teve Eps lançados pelo selo do Otto da banda finlandesa. Parece que essa idéia também não foi só minha, e Fofão já estava agilizando uma formação com esse mesmo intuito, com insistência de alguns amigos é claro como Amarildo (zine o Subversivo), Regis (Murro no Olho) entre outros. Então ele aproveitou já o Régis pra guitarra, Adriana (Kaos Klitoriano, Terror Revolucionário), e Juliano (ARD agora também no Murro no Olho). E com essa formação fez uma ótima apresentação nesse referido dia.
Eis o que era pra ser apenas uma apresentação por insistência de muitos, (entre eles, Fellipe CDC) o Besthoven acabou agendando mais algumas apresentações. E com a mesma formação fizeram mais uma ótima apresentação. No começo, Fofão ficou fazendo um vocal mais gutural como no Ep “vitimas de um ataque aéreo”, mas no meio da apresentação ele passou a fazer o seu tipo de vocal característico, sem gritar bem Carlos Vândalo Antes do Fim, cheio de delays feitos com própria voz. Tocando sons de seus últimos lançamentos foi uma das apresentações mais animadas da noite.
ouça o som delxs em: http://www.myspace.com/besthoven

Terror Revolucionário parte 2
No final entra o Terror novamente, dessa vez para tocar todas (pelo menos as que lembravam heheh) as músicas do Terror. Não sei exatamente o total, mas sei que foram muitas. O público que já aparentava um cansaço nas apresentações das últimas bandas, tomou um gás novo e fez com que a primeira parte dessa apresentação, fosse muito animada. Com destaque pra liberte-se, matem os teletubbies, câncer social, e sangue seco. Da metade pro final a coisa foi esfriando um pouco, menos em cima do palco, onde os quatro pareciam incansáveis principalmente Barbosa que parecia está se divertindo muito nessa noite. Felippe não parava de agradecer a todos que ajudaram a banda nesse sete anos, é um político mesmo hahahaha. No final as coisas novamente esquentaram com Dia do Operário, e o maior sucesso do Terror, Neste Inferno.
Ótima festa, pena que o público foi menor do que o esperado.
ouça o som delxs em:http://www.myspace.com/terrorrevolucionario