20.9.07

Eventos e sua burocracia

Opa rapazes e raparigas (num estilo português, por favor, entendam).

Estou postando aqui algo que vem me preocupando nos últimos tempos, que é a quase impossibilidade de se realizar um evento independente (DIY, hardcore/ metal, estou falando é da NOSSA realidade) daqui a algum tempo, não muito distante.
Já há muito tempo, quem organiza shows em brasília vem sofrendo com esse problema da burocracia. Antigamente o problema era só o ECAD e a ordem dos músicos (essa última, pelo menos, parou de encher a paciência). Mas ultimamente outros problemas têm aparecido. Muitos locais foram fechados por falta de alvará (lembre-se que estamos no Brasil, e a tristeza que é abrir um micro/ pequena empresa por aqui). Outros em cima do lance, o corpo de bombeiros/PM/defesa civil aparecem e interditam. Mas o que está me preocupando agora é a campanha encabelada pelo delegado de Tóxicos e Entorpecentes, João Emílio de Oliveira.

E agora cabe um a parte:
o Dr. João Emilio de Oliveira, dentro de suas atribuições, está tratando de coibir o tráfico no DF (nossa que nota de aluno de cursinho da porra). E em suas entrevistas (os links estão logo abaixo) está tratando especificamente de eventos "Rave", como são generalizados todos os eventos de música eletrônica. Só que é fácil enxergar como suas propostas chegarão a nossa "comunidade". E ele tem ganhado muito apoio, depois do caso da morte da menina Lívia Barros (ver links abaixo). Como se o problema das drogas no DF se resumisse a essas festas.

Em uma de suas primeiras reividicações às demais autoridades, o Dr. pede uma maior rigidez das administrações regionais quanto a liberação do alvará para realização de eventos. Vejo nisso um agravamento de um problema já existente, pois para se realizar shows gratuitos, como os que os clorofilas boys organizam no Riacho ou como o Gringo (Gringo Tattoo) realiza na Ceilândia, ou como os que o Borges Alessandro Caju realiza(va) em planaltina entre tantos outros. Pois já é difícil consegui-los (e muitas vezes com ele na mão os shows já correm riscos), se forem mais rígidos, não tem o que falar melhor, FUDEU!!!!
Em segundo lugar a proibição do acesso de menores de 18 anos a festas/ eventos onde haja comercialização de bebida alcoólica (e isso atinge desde a micare até o caga sangue).

Hoje, se forem ser seguidas todas as normas para realização de um show, posso dizer que quase 100% dos eventos não teriam sido realizados, vejam, por exemplo, só o que exige o corpo de bombeiros para eventos acima de 200 pessoas http://www.cbm.df.gov.br/empresas/normas_legislacao/normas_tecnicas/nt009_2002.pdf

Além disso, ainda temos: pm, defesa civil, secretaria de cultura, administração regional. Cada uma com suas regras, leis, etc. Claro para eventos de grande porte isso pode ser seguido, suas taxas pagas e mesmo assim não dar prejuízo. Mas no nosso caso, não é nem caso de prejuízo (algo que já é meio certo) é impossibilidade de realização mesmo. E a idéia é que essas normas ainda sejam endurecidas ou pelo menos seguidas à risca.
Realmente no fina l desse texto não tenho nenhuma proposta para fazer, ou alguma idéia para propor, isso é apenas um desabafo meio alerta para algo que está para acontecer e acho eu, difícil de ser freiado.


Links:
http://dftv.globo.com/Dftv/0,6993,VDD0-2982-20070919-302164,00.html
http://dftv.globo.com/Dftv/0,6993,VDD0-2982-20070919-302143,00.html

Um comentário:

Anônimo disse...

Isso é uma grande perda para a cena da música aqui no DF.
Por exmplo essa tal de maioridade devia de 15 anos.
Por aqui já tem pouco show se começarem a por em prática essas burocracias é o fim.
Como sempre essas leis vai cair em cima do pobre que não tem condições de bancar essas exigências do governo.
Ditadura mascada................