HEADBANGER'S ATTACK quinta edição- resenha

apostando no círculo operário do cruzeiro como a nova casa do underground no df, fellipe cdc trouxe o tradicional headbanger's attack pra pertinho da aruc na sua quinta edição. muita gente achou que não ia vingar, e conversas sobre a sina de só acontecerem xous vazios no círculo, e sobre o público de brasília ser estranho e não comparecer aqui no cruzeiro rolaram soltas. mas o fellipe manteve-se forte na decisão de retomar o círculo pro underground (investiu nisso $ e suor) e valeu a pena; os xous foram animados, muita gente compareceu; ao contrário do esperado por muitxs, o público prestigiou, compareceu e apostou junto com o cdc no novo-velho espaço do underground do df.
parabéns mais uma vez ao fellipe cdc que dá o sangue (e o suor) pelo underground local (e porque não pelo u. brasileiro também) e que mais uma vez nos presenteou com uma festa da união de forças, juntando o hardcore rápido ao metal extremo.

que venham muitos outros headbanger's e que o espaço do circulo operário esteja sempre de portas abertas ao underground do df.
alice

confira os comentários de hery costa às bandas da noite (ah, só temos imagem do disforme, porque roubamos do fotolog delxs, se tiver fotos do xou nos mande dfhardcore@gmail.com):

disforme
primeira banda da noite, o que significa que muita gente ainda não estava lá pra ver o xou do disforme; mas isso não abalou a banda que conta com negrete na guitara, petrônio no baixo, marcelo na bateria e tainara nos vocais; elxs foram lá e fizeram seu set com 16 músicas- entre novas e as músicas da demo 64 nunca mais- com animação e vontade.
pra quem não conhece a banda, disforme é um hardcore rápido, simples e direto ao ponto, mas as músicas novas estão com uma levada mais mosheada que não me agradam tanto quanto as músicas da demo (mas gosto é gosto, jovem). o que está perceptível é a melhora no vocal da tainara, que tá com maior domínio da sua voz como instrumento.

utgard trölls
o ut sofreu mais uma mudança de formação: o antigo baixista retornou à banda e seu substituto foi remanejado para uma segunda guitarra: agora a banda é um quinteto.
como de costume, fizeram um ótimo xou, pra um público que foi crescendo conforme elxs tocavam. pra quem não conhece a banda eles fazem um d-beat tradicional muito bem executado, com guitarras bem feitas, e um vocal feminino rasgadão que é o diferencial da banda. foi, pra mim um ponto alto da noite.
aproveitaram pra apresentar algumas músicas do seu primeiro álbum que sairá em breve pelo selo paulista casa punk.

slaver
um dos xous mais animados da noite (nessa altura do campeonato boa parte do público estava presente), o slaver apresentou-se para um público que pulava do palco e bangueava loucamente. até umas criancinhas pularam do palco (é, o headbanger's é um evento família, você pode levar o vovô, a vovó, os filhos e filhas, primas(os), cachorro, papagaio)
voltando ao xou, achei o som mais rápido do que de costume. mas a crítica continua: larga de preguiça, meteoro, e dobra o
chimbal!

krow (mg)
como os goiânos do mortal dread ainda não haviam chegado, foi a vez do krow tocar.
praticam um death/thrash genérico, com um bom trabalho de guitarra, mas com uma bateria que eu achei meio sem gás.
os caras nos entregaram sua demo chamada comtept for you; são 4 sons, dos quais destaco o último chamado "awakening"; a gravação é muito boa, acima da média para demos; ela vem num envelope de papel bem tranpado, mas o encarte de xerox dentro está meio difícil de ler. quem quiser adquirir a demo entre em contato com krow_metal@yahoo.com.br

scourge (mg)
death metal brasileiro ogro e pião, lembrando sex trash, cirrhosis. o xou estava bem cheio nessa hora, acho que a maioria das pessoas presentes estava lá devido ao scourge. pra quem não sabe, seu vocalista Tibanha já foi vocalista da cirrhosis, banda clássica do death metal mineiro (e que já contou com riti- more tools- em sua formação). na minha opinião, melhor banda da
noite.

mortal dread (go)
os caras chegaram atrasados pra caramba. muita gente achou que eles não vinham mais. afinal a viagem não é assim tão longa.
apresentaram seu thrash a lá metallica e foram bem recebidos. o destaque vai para o vocalista que subiu/pulou PA, pendurou-se na armação do telhado... enfim, um xou a parte.

adviser (go)
black clichê com bases que flertam com um estilo norueguês e com vocal gutural. não chamou muita atenção nem do público, nem do vosso resenhista.

attero (mg)
estranhei um pouco a presença do attero pela linha de sim que fazem, um mosh/metalcore. o cdc não é de colocar bandas assim no h.a. mas, ouvindo o cd com um pouco mais de cuidado, percebe-se que a banda está bem acima da média das bandas nacionais nesse estilo que surgiram no país de um tempo pra cá. fazem um som na linha do hatebreed, blood for blood.
o xou foi animado, destaque para as guitarras bem palhetadas o que dá um grau ao som.