2.3.07

resenha 7'' mayombe- a história mela sangue

mayombe- a história mela sangue- ep 7''- raw records

depois de 4 anos de espera, finalmente saiu o ep do mayombe (ok, já saiu tem quase 6 meses, mas pra quem esperou esses anos pelo disco, pode esperar 6 meses pela resenha hahahaha- brincadeira- eu ando bem enrolada com a produção de resenhas e material pro zine, na verdade). pra quem curtia demais a banda lá por volta de 2002 foi uma longa e árdua espera. o ep está pronto desde 2002, se não me engano, só que rolaram alguns problemas com a arte que se estenderam por longos 4 anos. nesse meio tempo a banda acabou, o selo que lançaria (luna records) também faleceu e o ep ficou encostado.

ele saiu em edição especial, com capa artesanal e outro nome (asilo) quando o mayombe fez uma mini tour (tocando em curitiba e em são paulo com os americanos do whn?) e o andrei
pegou uma cópia e vivia me passando inveja, sabendo, como ele sabe, o quanto eu curtia o mayombe.

e eu fiquei feliz demais quando recebi a notícia que o pícaro lançaria finalmente o ep, e que a arte já estava pronta. ano passado, por ocasião do lançamento do ep, elxs fizeram um xou "reunion" no caga sangue - e foi muito foda! bem do jeito que eu me lembrava (você pode ver a minha resenha aqui) . curti demais. mayombe com certeza é uma das minhas bandas favoritas do df.

pra quem não chegou a conhecer a banda, ela era formada por barbosa (terror revolucionário, innocent kids, possuido pelo cão) na guitarra, carol (ex- poena, ex- terror revolucionário) no vocal, jeferson (terror revolucionário) na bateria e leo (luna records, ex-lesto) no baixo;

o som era um powerviolence com letras políticas. daquele jeito goixtoso de ser pv: mudanças de
tempo, ora blasts ora partes mais arrastadas e pesadonas, ora um por um tudo isso acompanhado de um vocal rasgadão... remete um pouco ao abuso sonoro ainda mais pela semelhança dos vocais de elaine e carol- dois vocais femininos muito distintos do que
estamos acostumadas- poderosos e bastante graves.

mas, falando do ep: são 12 faixas curtinhas, com uma gravação boa e incluíndo todos os maiores hits da banda naquele saudoso tempo de hardcore no calabouço: vaidosa guerra, asilo, a história mela sangue, morte lenta (essa dor nas costas ainda vai me matar!) além do cover do bones erosion. é impossível ouvir esse ep e não ficar saudosa desse tempo bom que não volta nunca mais- lembrar do calabouço e de como eram divertidos os xous naquele buraco sujo. tá certo que não tenho saudades de uma série de coisas e pessoas que graças àquele que mora embaixo sumiram do nosso esquema, mas ainda assim olho com saudades para esse tempo. e o mayombe era a banda que mais curtia, então é impossível separar essas coisas.

eu não gostei muito da arte, mais ai é aquele velho lance do gosto individual... achei que a fonte das letras das músicas ficou muito pequena, o que dificulta a leitura... mas o que acho fantástico é o selinho do lado "a" do vinilzinho: enquantoo vinil toca o jeffer dá cambalhota!!!

trilha sonora para sua tarde animada. é ouvir e chacoalhar o esqueleto da forma mais espontânea possível. definitivamente uma banda que eu ressucitaria se tivese os poderes cósmicos necessários. ainda mais porque isso significaria ter o leo de volta no rock (hehehe- tô cansada de ouvir não do leo sempre que eu chamo ele pra entrar pro silente)

mayombe é mais um super lançamento da raw records (imaginem uma locução a lá "polyelle"). tem uma música disponível no myspace do icaro acesse, entre em contato com ele, compre o disco:
http://www.myspace.com/rawrecs

Um comentário:

Unknown disse...

Alice vc esqueceu na listinha do Leo o Brutus. E na do Barbosa o Caimbra hahahhhaa