caga sangue thrash III- a cagada final

e eis que chega a tão esperada edição final do caga sangue thrash. esperada porque todas as edições do caga são especiais. e também porque seria o lançamento tão aguardado (por anos!) do ep do mayombe. antes que vocês comecem a chorar o caga sangue não está necessariamente morto, mas o barbosa e o recém nomeado “coletivo caga-sangue” não se comprometem a fazer edições periódicas e com bandas inéditas como vinha acontecendo (com exceção da edição deluxe). nessa cagada final contamos, além do mayombe renascido das trevas, com as bandas slaver, os maltrapilhos, utgard trolls, desastre, orgy of flies e noise incorporation.como
o blogspot tá me boicotando, mas consegui por algumas fotos aqui que o pessoal do mayombe me mandou... mas quem se lembra do nosso album de fotos? http://www.fotosdfhardcore.1br.net/ vou colocar todas as fotos do mayombe que tenho aqui lá agoríssima.

a primeira banda, começando com um certo atraso (devido a falta de público, principalmente) às 18:30, foi o slaver. já na introdução o circle pit iniciou, enquanto a moçada ainda se aproximava do lugar e entrava na bagaceira. ainda na intro o público já começava a erguer o primeiro “maníaco por stage (?) dive”. o slaver, apesar de ser uma banda nova, já tem um público definido: o pessoal sabe cantar as músicas e agita bastante nos xous, velho, era a primeira banda e galera já agitava insanamente, rolava pelo teto, curtia as pranchinhas do filho do barbosa e gritava a letra das músicas- f-o-d-a! o dos caras som é um thrash metal tendendo para a “linha alemã” (destruction, sodom, kreator, tankard) inclusive levaram um cover do destruction; esse foi o segundo xou que vi dos caras e percebi que eles estavam mais em casa no caga do que no school of thrash (o outro xou que vi). talvez por causa do tamanho do lugar, ou pela atmosfera diferente que o caga sangue thrash tem...

segunda banda da noite, os maltrapilhos apresentaram seu punk rock da ceilândia para um público menor, porém não menos animado. as músicas do seu cd recém-lançado estão na boca do povo (hehehe) que canta animadamente junto com o marcio. muita gente estava, inclusive, vestida com a camisa da banda. terra de ninguém, a solução é o punk rock e hospital de brasília (que abriu o xou) já são hits entre xs apreciadorxs do punk rock em brasília. os xous dos caras são super animados e eu sempre fico impressionada com a brutalidade do baterista hehehe.

a terceira banda da noite, que começou a tocar por volta das 20h, costumava ser uma das minhas bandas favoritas de brasília por volta de 2001/2002, elxs encerraram suas atividades e nunca lançaram formalmente o ep que gravaram em 02- devido a problemas com o encarte. a convite do pícaro da raw, elxs agitaram uma capa definitiva para lançamento e ai resolveram fazer esse “xou reunion” para divulgar o ep. antes de começarem a tocar o barbosa- com o chapéu de palha que era característico do figurino dele no mayombe- contou a “história” da banda terminando com um: “até a próxima copa”. eu fiquei bem emocionada, lembrando da primeira (?) edição do calabouço que o mayombe tocou com aquela faixa que a tatinha pintou escrito: a guerra é a saúde do estado. enfim, vamo falar desse xou? bora!mal começaram a tocar seu power-violence muitosdoidos e o pícaro já desfilava na pranchinha, em cima das cabeças alheias. o set continha hits antigos como “asilo”, “a história mela sangue”, “vaidosa guerra” e, é claro, o cover de bones erosion que não poderia faltar. a galera agitava insanamente, mas em muitas partes o pessoal “não sabia o que fazer” hehehehe, acho que devido a rapidez, sei lá.surpreendentemente, o cover foi cantado por um cara que conhecia a versão original do bones erosion e acabou dividindo os vocais com o léo (que não achou nada ruim); pra quem não sabe/não se lembra/nunca viu o mayombe, a banda é composta pela carol (que canta no poena) , barbosa (que toca guitarra no PPC, IK, e terror revolucionário), jeffer (que toca bateria no terror revolucionário e slam noise terror), leo (que tinha a luna records e tocou baixo no lesto por um tempo) e quando elxs levam o cover de bones erosion o leo canta e a carol toca baixo.
depois do bonés erosion veio aquela que já foi um hit entre a juventude: asilo (que era como se chamava a principio o ep- que agora se chama “a história mela sangue” sei lá porque. não sei e não gostei hehehe)- detalhe: erradaça hehehehe. no final, o jeffer caiu e foi carregado para fora da sede do psol pelo público, carol assumiu a bateria fez um barulho e depois foi seguida por um cara (que não consegui ver quem era, afinal, sou míope) que ajudou na insanidade. Ehehehemuita gente foi só pra ver o mayombe, a juventude calabouço, inclusive muita gente foi embora depois que elxs tocaram. destaques vão para: camisa do death slam transparente do leo (de tão velha), surf na pranchinha em pé seguido de cambalhota do nosso querido borges (ou caju), e pro jeffinho do qual eu pago um pau mesmo! quando crescer quero ter só a metade do HELLmatismo dele.

a quarta banda eu não vi, infelizmente, porque estava numa conversa muito bonita/triste/interessante com o juliano do ard e a ju do eixo zero lá fora. mas o hery viu e anotou tudinho hehehehe; foi o utgard trolls, banda que, pra mim, tá entre as mais legais que surgiram ultimamente.
elxs levaram os sons de sua demo que também já tá na boca do povo e contagiaram o público com seu d-beat poderoso. o vocal da valéria é foda demais e o moacir tem a manha de fazer umas bases fudidas. levaram também uma música nova bem “animada” feitas, segundo a valéria “pelo baixista gostosão” hehehehe.segundo a própria banda, esse foi o melhor xou em que já tocaram, rolou inclusive a participação do galuco de goiânia quando levaram o cover do anticimex “victms of a bombraid”

na seqüência vieram os goianos do desastre. que tocaram pra muita gente que dividia o espaço com um cheirão de cola (que não se sabe de onde vinha) e agitava insanamente. muitas meninas na pranchinha-inclusora, guitarras levantadas, dedos em riste e bocas gritando as letras. animação total! “vá para o inferno” cantava o cover do paulo miklos (segundo alguns presentes hehehehe) e o pessoal doido. em algum momento levantaram o lagartixa, o câmera man que filmava o evento. clima de festa é isso ai, os prancheiros praticamente nadavam nas cabeças alheias... lá pelas tantas, chamaram o poney ret pra cantar uma música com eles (porra, não anotei e não consigo me lembrar, merda).fechando com o cover do judas que já se tornou indispensável nos xous do desastre.

depois do xou do desastre, o xou deu novamente uma esvaziada. e “subiram” ao “palco” os caras do orgy of flies lá de formosa, com seu death metal old school fudido, com um baterista sinistro e com o cara mais com cara de homem da caverna do mundo. menos gente não é necessariamente sinônimo de menos animação, e o povo tava cada vez mais insano: prensando os prnacheiros no teto hehehehe. na segunda música a insanidade circlepítica já estava sinistra, a galera se matando na roda assassina. a lei é clara: quando a banda é boa o circle pit é assassínico! destaque entre xs dançarinxs vai para o marcos hirax que é um dançarino nato, tá ali no páreo com o bailarino consagrado pícaro luan.

fechando a noite com chave-de-merda veio o noise incorporation do cara mais chato do mundo (sim, ele é beeeem mais chato que o phú): teca.ele parece um papagaio louco, e não para de agitar um momento. o som é um noise muitos doidos, mal ensaiado pra porra, porque é assim que tem que ser e o barulho não pode parar hehehehe. eu já estava exausta e o xou foi muito longo e cansativo. no final, acho que não tinha mais ninguém, todo mundo foi espantadx pela chatura do front man da banda... haja saco. hehehehe

assim acabou mais uma edição do caga sangue, agora é torcer pra que a cagada não seja final mesmo e que outras edições especiais do festival mais insano, podre, feio, peão, fedido, espalhafatoso, animado e querido de brasília venham por aí.
ah, quer um ep do mayombe? escreve pro pícaro em rawrecs@gmail.com
em breve vamos resenha-lo aqui.